segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Na pele do chef de cozinha Enrico Bolgari, na novela Império

Na pele do chef de cozinha Enrico Bolgari, na novela Império, da Globo, Joaquim Lopes, 34, dá provas de que nasceu para atuar. Na TV, o também grande vilão da trama das 21h, assinada por Aguinaldo Silva, demonstra todo seu esforço físico e emocional para viver o cozinheiro Bolgari. O comportamento agressivo, somado à atitude implacável de seu personagem, tem permitido ao ator explorar uma força que, até então, como entrega adiante em entrevista exclusiva ao Buchicho Meu, era desconhecida por ele. 


Segundo o ator, o chef e dono de restaurante é seu maior desafio desde 2005, quando trocou os palcos do teatro – pisado profissionalmente pela primeira vez em 1999, na peça Vestido de Noiva, como o Pedro –, pelas câmeras, ao fazer o Samuel no remake da novela Os Ricos Também Choram, do SBT. “Eu estou muito feliz em fazer um personagem marcante, mas que, ao mesmo tempo, tem uma responsabilidade social muito grande. Trata de um assunto urgente, que é a homofobia. É muito bom, como ator, fazer um personagem que você pode mergulhar na sua psicologia”, comemorou Joaquim Lopes no portal Gshow.

O personagem, que segue na sua reta final – a próxima novela, Babilônia, estreia em março –, coleciona cenas de brigas, motivadas principalmente pela sua repulsa aos homossexuais. Perfil este que em nada tem a ver com Joaquim, com exceção do fato de ele ter os mesmos dotes culinários de Enrico – além de Teatro, o ator é formado em Gastronomia.

Ao jornal Extra, Joaquim Lopes rememorou algumas das consequências do temperamento explosivo de seu papel em Império. Para começar, a briga entre o chef de cozinha e o pai Cláudio, interpretado por José Mayer, um badalado cerimonialista e quem mantinha um romance com Leonardo (Kleber Toledo). Dando continuidade, o rompimento de Enrico com a família e com a ex-noiva, a designer de joias Maria Clara (Andreia Horta).


Bate-pronto

O POVO: Você é formado em Gastronomia, mas foi para o teatro muito cedo. Como as duas profissões aconteceram na sua vida?
Joaquim Lopes: Na verdade, eu me formei no Teatro antes de fazer a faculdade de Gastronomia. Eu me formei com 21 anos no Teatro e eu entrei na faculdade de Gastronomia com 24. Eu acho que já falei isso algumas vezes... (Mas) a minha mãe que me obrigou a fazer Teatro. Acho que ela não aguentava mais... Eu tinha muita energia em casa, então falou: ‘Vai fazer Teatro, vai fazer alguma coisa!’. Eu acho que era para eu canalizar essa energia que eu tinha com alguma coisa produtiva. (Risos). E a gastronomia veio com a minha avó, que cozinhava muito bem. (E observando isso) desde criança, quando eu fiquei adulto eu quis desenvolver um pouco mais (os ensinamentos da minha avó).

OP: Atualmente, você faz um chefe de cozinha. Você se “encontrou” com o personagem?

Joaquim: Acho que a única semelhança que eu tenho com o Enrico é que ele cozinha. (Risos). Só isso! O resto é tudo diferente. Mas foi legal (fazer o personagem). Foi uma boa experiência.

OP: E como você se percebe hoje como ator. Depois do Enrico, um papel dramático e quem um ponto em comum com você, a culinária, você se sente realizado?
Joaquim: Eu acho que eu vou me sentir realizado quando eu tiver uns 92, 93 (anos de idade). Porque eu acho que o ator não pode se sentir totalmente realizado. Ele tem que sempre estar em busca de novos desafios, de aprender mais. Acho que no dia que eu achar que estou realizado é porque está na hora de mudar de profissão.

OP: Até agora, qual personagem foi o mais impactante na sua carreira?
Joaquim: Ah! Eu acho que o Enrico. Eu acho que é o que estou fazendo agora, sem dúvida. É (um papel) muito denso, um drama muito difícil, com um assunto muito urgente em minha opinião, que é o preconceito, a homofobia – que tem que acabar.

OP: E como você encarou esse papel?

Joaquim: Eu encarei esse personagem como uma denúncia mesmo, para fomentar essa discussão, para que as pessoas... Enfim, que se tenha (visibilidade e chame atenção para) um Projeto de Lei para criminalizar a homofobia... Eu acho que isso tem que ser acelerado. Não se pode ter mais dúvida de que a homofobia, atos violentos de homofobia, é crime.

OP: Quando a novela terminar, quais seus projetos?
Joaquim: Eu ainda não sei, mas eu espero que mais trabalho! (Risos). Mas eu vou pegar aí uns quinze dias viajando, se Deus quiser. E, na volta, eu quero continuar trabalhando. (Risos).

OP: Para concluir, uma pergunta que não poderia passar em branco. O que você faz para manter o físico?

Joaquim: Olha, eu vou lhe falar... Eu sou muito pouco vaidoso. (Risos). Eu tenho uma alimentação saudável, eu malho, faço a minha corridinha de vez em quando... Mas eu não tenho grandes preocupações com isso. (Risos).
Cúmplices!

Longe da TV, Joaquim Lopes é o namorado da também atriz Paolla Oliveira, 32. Vivendo juntos há cinco anos, Joaquim declarou à revista Contigo: “Já me sinto casado faz tempo. Essa sensação vem do dia a dia na vida de um casal e não de uma cerimônia”.


Sobre ciúmes, ele garante: “Sou um ciumento normal, como qualquer outra pessoa. (Mas), às vezes, é preciso se fazer de surdo”, comentou.

Fonte: AQUI .

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